Café com Freud e Lacan: A dor de existir - ansiedade, depressão. burnout, síndrome de pânico e os cuidados em saúde mental

Neste terceiro volume Café com Freud e Lacan a psicanalista Fabiana Ratti discute o puro emocional – a dor de existir, tão em voga no século XXI. O livro aborda perdas e lutos, desenvolve os conceitos psicanalíticos de privação, frustração, castração e inibição melancólica, aprofundando nas dificuldades de cicatrizar as feridas emocionais frente ao Real que a vida apresenta. Em seguida, a partir das peças Antígona de Sófocles e A Falecida de Nelson Rodrigues, é feito um paralelo entre as tragédias sociais e familiares, e as tragédias puramente psicológicas de Nelson Rodrigues, tão atual no divã contemporâneo. Com estas considerações, é possível avançar nos sintomas: ansiedade, depressão, burnout, síndrome de pânico, trazendo reflexões, exemplos clínicos e formas de prevenção e tratamento. 

A autora começa pela origem da dor de existir. As dores do crescimento, a primeira infância, as dificuldades enfrentadas no dia a dia, as adversidades vividas em família e os desafios que o mundo apresenta. Então explica os mecanismos psíquicos para enfrentar as viradas e mudanças necessárias para a vida. De bebê para criança responsável. De jovem estudante para adulto entrando no mercado de trabalho. De filho para pai ou mãe. De solteiro para casado. Ou seja, viradas de posições psíquicas, exigências e compromissos que incitam o ser humano a crescer. Em contrapartida, traz medos, desgastes, inseguranças que sempre contribuem para o desgaste emocional abrindo as feridas em relação à dor de existir.

Em seguida, a autora desenvolve a ideia do quanto é difícil para o ser humano lidar com as imperfeições. De si próprio, do outro e da vida. O erro, a falta, os lapsos, as dificuldades em geral, irritam, incomodam, geram sofrimentos dilacerantes. Cada categoria é explicada através de exemplos corriqueiros e conectada aos sintomas atuais, anexada ao desenvolvimento dos mecanismos psíquicos que se defendem da realidade e contribuem para a formação dos sintomas. Como detectá-los? Compreendê-los? Como não cair em armadilhas emocionais? Vamos elaborar essas questões!